quinta-feira, 24 de março de 2011

Serviço de (in)utilidade pública


1. A multinacional do comércio de bananas Chiquita Brands está sendo processada pela morte de 931 pessoas numa zona bananeira na Colômbia. Foi só eu ou mais alguém pensou: "a vida imita a arte?", pois quem leu "Cem Anos de Solidão" recorda-se da sequência em que os trabalhadores de uma multinacional em Macondo são mortos e os corpos jogados no mar, para desespero de um dos Buendía que sobrevive, mas acaba passando é por louco...

2. "Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta" (Hugo Chávez) (???), pois é, em alguns países, que antes eram chamados de subdesenvolvidos, e agora chamam de em-desenvolvimento, parece que a única coisa que não se desenvolve é o cérebro dos que comandam os países. É uma aptidão para a estupidez que seria engraçada se não fosse trágica...

3. No meio da confusão com o blog da Bethânia quem ficou quietinho foi o Nando Reis, ele emplacou lá o seu "Bailão do Ruivão", vai levantar a grana e sair fazendo seus shows; ah tá, então tá. Mas se me perguntassem se eu queria que meu dinheiro fosse usado pelo ruivão, eu diria, "never, never, never", pelo amor de God. Ninguém merece.

4. Elizabeth Taylor morreu. Quem? Liz Taylor. Quem? Pois é, como atriz só os cinéfilos lembram-se dela. O resto vai lembrar dela pelos 'enes' casamentos; por ela ser a melhor amiga de Michael, mas alguma coisa? Jóias? Pela tragédia que foi o filme Cleópatra. Aqui no Brasil morre atriz muito melhor todo anos às pencas; morre pessoas muito melhores e ninguém fala nada, mas como durante a nossa vida inteira sempre topamos com o glamour de Hollywood nas nossas vidas, quando morre alguém de lá, algumas pessoas daqui sentem como se tivessem perdido um irmão. Não era, vai ser mais uma que será imortalizada em fotos geniais em preto e branco, nada mais. Pra grande maioria ela era mais um inacreditável nada.

5. O Sarney lançou uma biografia autorizada. Deve se inscrever naquela categoria de livros que compram por obrigação e logo lotam as prateleiras dos sebos desse meu Brasil varonil. É um bom livro pra se fazer tiro ao alvo, sabe com aquelas espingardas de chumbinho, com que se matam passarinhos por aí? O quê? Ficaram horrorizados em saber que se matam passarinhos aos montes por aí com espingarda de chumbinho? Então comprem o livro do Sarney e aí vão ver "o horror, o horror".

6. O bullying foi um dos temas da semana. A cena do gordinho levantando o magrinho chato e jogando ele com força no chão foi hilária, e logo ele tinha uma legião de fãs. Os frascos e comprimidos sempre se unem na dor e desgraça alheia. Mas quem nunca sofreu bullying na vida aperta aqui. O bullying tinha que ser institucionalizado isso sim, tirar um dia só para bullingzar o outro, tal qual a ideia de legalizar as drogas para diminuir o consumo, se com droga pode, porque não com o bullying? Seria uma beleza, eu poderia me vingar daqueles que me enchiam o saco todo santo dia, seria o dia da forra.

7. Bruna Surfistinha o filme chegou aos dois milhões de espectadores. Eu tenho umas teorias. a) as pessoas adoram ver como as outras pessoas lidam com o sexo. b) a prostituição de luxo é um fetiche entre homens e mulheres, todo mundo queria fazer sexo e ainda ganhar a vida. c) as pessoas queriam ver a Débora Seco nua. d) foi no cinema quem comprou o livro da Raquel ou leu emprestado por vergonha de comprar. e) todas as respostas anteriores e também que é só olhar para os ridículos filmes americanos que estão passando nos cinemões, só merda, merda por merda, melhor uma merda nacional, ainda mais se rolar sacanagem.


w.a.

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