sábado, 4 de agosto de 2007

Talentosnatos por sugestão



Com os meus quase dois metros de altura, ao longo da minha vida e do meu tamanho ouvi as mais variadas sugestões profissionais, o engraçado é nunca ninguém me consultou antes sobre o que eu realmente queria fazer e como se corpo determinasse talento e preferência.

Basquete, vôlei, natação, musculação, modelo, enfim as mais defendidas loucuras. Se corpo, estatura, definissem profissão teríamos todos os anões no circo, todas as gostosonas na prostituição, todos os afrodescentões fazendo papel de segurança em programa de humor ou quem sabe jogando bola ou como cantor de pagode, e as loiras deveriam ser todas burras.

O pior de tudo são as dificuldades enfrentadas para se alcançar rótulos. Meninas baixas e acima do peso que sonham em ser modeloatriz. Garotos que querem se espichar para entrar no basquete e assim por diante.

Tem gente que ainda acha que ser um estereótipo é uma maravilha. Não sabe quantas vezes eu tive que ouvir um "tá frio aí em cima?" ou quantas vezes já bati a cabeça, ou quantas vezes minhas pernas ficaram imprensadas no banco da frente dentro do ônibus, ou quando em pé quantas vezes atendi um pedido do clássico do "tio, puxa a cordinha!" as empresas deveriam me pagar um salário por isso.

Pense bem, antes de querer ser um rótulo da sociedade!

t.c.s.

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