segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mil razões para não ver Beowulf

No sábado fui assistir Beowulf com minha filha; já mando logo um AVISO... é horrível, quem se interessa por informática, com os personagens digitalizados pela mesma técnica do Expresso Polar (que eu também odiei), vale a pena. A história do filme conta-se em dois dedos de prosa: Hrothgar rei da Dinamarca paga uma promessa aos seus homens e constrói um salão de festas, o barulho, a quilômetros de distância incomoda o vizinho Glendel (que, pasmem, têm os tímpanos gigantescos), Glendel é um monstro horrendo, mistura de alguma múmia que sobrou no set de filmagens da trilogia das múmias do Brendan Fraser (lembram-se?), com algum zumbi dos filmes de morto-vivos do Romero, ataca o salão e mata muitos soldados.

O rei fecha o bar e durante muito tempo, que no filme não fica explícito, eles são aterrorizados pelo monstro (o que não é possível, pois sem festa sem barulho = monstro em paz). Beowulf aparece então e diz que vai salvar o reino, e, já de olho na rainha, manda seus homens cantarem bem alto, enquanto ele, nu, dorme um pouco. O barulho dá certo e Glendel aparece e luta violentamente com Beowulf, ainda nu (essa seqüência como quase todo o filme é ridícula), o herói(?) arranca um braço do monstro, que volta para sua toca e morre. A mãe do Glendel (não riam) é a Angelina Jolie, linda, maravilhosa, parecendo uma passista de escola de samba, nua e pintada de prata (ou será de ouro? nem lembro mais), e com um belo rabo (não é a bunda dela e sim um rabo de dragão, mas que nela é só um rabinho fino e colorido, pura fantasia). O rei avisa Beowulf que se não matar a mãe não adianta e lá vai ele, entra na caverna onde ela fica, vê o corpo do Glendel numa pedra e...eis que ela surge pela primeira vez. O filme se passa em 570 d.C., é óbvio que o padrão de mulher bonita e gostosa daquela época deveria ser uma mulher loira, gorda, mas não, surge Angelina, mais linda que sempre, com aquela boca generosa...nunca na vida que uma mulher delicada como aquela poderia ter parido um monstro gigantesco como Glendel, mas segue o filme e ela não só não é morta, como ainda seduz nosso herói, que engravida a dita cuja de novo.

Esqueci de mencionar um copo de ouro em forma de corneta que é o prêmio para Beowulf matar os monstros, ele volta, MENTE, e recebe seu presente (que nada mais é que a maldição), o rei corre e se suicida, se dizendo enfim livre da sua maldição (o rei era o pai do Glendel), nessa altura minha paciência já tinha acabado, mas tínhamos entrado no prédio errado mesmo... Os anos passam, Beolwulf é o novo rei do pedaço, a rainha é sua esposa agora, mas ela, que sabia do casinho extra-conjugal do Hrothgar, sabe que Beowulf também é um mentiroso e passa a odiá-lo. Passado muito tempo o novo filho da mãe do Glendel aparece, é um gigantesco dragão, Angelina deve estar só o pó da goiaba depois de parir tanta besta-fera, e a luta continua, Beowulf, cabelo branco mas forte como um touro, enfrenta e mata o dragão.

O nosso herói politicamente incorreto morre e passa a coroa para o seu melhor amigo e então enquanto o corpo de Beowulf arde na sua pira funerária e o novo rei está ali em frente ao mar olhando aquilo, surge ela novamente, a senhora Brad Pitt, tal qual uma abertura do Fantástico o show da vida e o filme acaba... Esse filme é meu candidato ao framboesa de ouro de pior filme do ano, desse e de muitos outros, ninguém merece, nem a Angelina salva, o que aliás é normal, existem bem poucos filmes dela que valem um ingresso de cinema. E o John Malkovich? esse eu não identifiquei até agora, e o Anthony Hopkins? esquece, deixa para lá.


s.o.

Nenhum comentário: