Uma juventude sem ídolos, sem quem lhes inspire, resta malemal um Che Guevara estampado na camiseta, cuja revolução se baseia só nisso. No debate de idéias, no contraste de mentes, restam shows evangélicos e bailes funk lotados, ambos se julgam os mais corretos do mundo, rindo do universo alheio. A ética, lutar pelos direitos, tudo se tornou num papo careta. Há muito alguém descobriu que dar a liberdade é a melhor forma de escravizar.
Os adolescentes de primeiro emprego desfilam pelos ônibus lotados com MP3 no ouvido, celular no bolso e nada dentro da cabeça. Conseguiram a liberdade financeira, já ganham o suficiente pra pagar a meia-entrada de mais um show sertanejo e pagar o crediário da Renner aberto no nome de alguém. Um dia descobrirão que precisariam ter estudado.
Vemos a geração do conforto que se refestela nas salas do Cine Mark e se entope nas besteiras do Mc Donnalts, que só sobe na vida quando anda de escada rolante.
O que nos alivia é que ainda somos um país de escritores e leitores, onde prostitutas e bispos lançam livros.
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